Sementes de Limão - limão-siciliano - limão-verdadeiro

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Sementes de Limão - limão-siciliano - limão-verdadeiro (Citrus x limon)

Preço por pacote de 4 ou 10 sementes.

O limão (conhecido no Brasil e na África como limão-siciliano ou limão-verdadeiro; espécie Citrus x limon) é o fruto de uma pequena árvore de folha perene originária da região sudeste da Ásia, da família das rutáceas.1 Apresenta diversas variedades cultivadas, sendo uma dezena delas frequentes, como, por exemplo, o limão-eureca,2 o limão-lisboa,3 o limão-fino, o limão-verno, o limão-villafranca,4 o limão-lunário etc.

Este artigo não trata de três outras espécies de frutas cítricas, chamadas de limas em Portugal e de "limões" no Brasil, e mais conhecidas no Brasil do que o limão-siciliano:5 6 Citrus × latifolia ou limão-taiti,7 8 Citrus aurantiifolia ou limão-galego,8 9 Citrus x limonia ou limão-cravo.

História

O limão siciliano foi trazido da Pérsia pelos conquistadores árabes, disseminando-se na Europa.10 Há relatos de limoeiros cultivados em Génova em meados do século XV, bem como referências à sua existência nos Açores em 1494.

Séculos mais tarde, em 1742, os limões foram utilizados pela marinha britânica para combater o escorbuto, mas apenas em 1928 se obteve a ciência sobre a substância que combatia tal doença, batizado ácido ascórbico ou vitamina C, a qual o limão proporciona em grande quantidade: o sumo do limão contém aproximadamente 500 miligramas de vitamina C e 50 gramas de ácido cítrico por litro. Atualmente, é uma das frutas mais conhecidas e utilizadas no mundo.

Popularizou-se no Brasil durante a chamada gripe espanhola (epidemia gripal de 1918),11 quando atingiu preços elevados, chegando a ser comprada por de dez a vinte mil réis cada unidade.

O limão siciliano tem origem no Sudeste da Ásia, provavelmente no sul da China, ou Índia. Sua história é, por vezes, pouco clara.

Não era uma fruta comum no mundo antigo grego e romano. Vários fatos indicam que uma fruta cítrica parecida com o limão era conhecida, mas não se sabe se era o limão ou a cidra, uma espécie vizinha e muito semelhante, e não existem evidências paleobotânicas.12 Os gregos utilizavam o limão ou a cidra para proteger as roupas das traças. As primeiras descrições claras do uso da fruta para fins terapêuticos remontam às obras de Teofrasto, aluno de Aristóteles, que é considerado o fundador da fitoterapia. Os helenos utilizavam o cultivo de limoeiros ou de cidreiras perto de oliveiras para preservá-las de ataques de parasitas.13 O limão pode ter sido retratado na arte romana:1 há representações de frutas cítricas em mosaicos romanos em Cartago e afrescos em Pompeia, que possuem uma semelhança impressionante com laranjas e limões. Parece que Nero era um consumidor regular desta fruta, pois assim tentava se prevenir de um possível envenenamento.

O limão também foi muito utilizado no Mediterrâneo de maneira ornamental em jardins islâmicos.

Os egípcios do século XIV conheciam o limão. Ao longo da costa mediterrânea do Egito, as pessoas bebiam kashkab, uma bebida feita de cevada fermentada, folhas de hortelã, arruda, pimenta preta e limão. A primeira referência do limão no Egito é nas crônicas do poeta e viajante persa Nasir-i-Khusraw, que deixou um relato valioso da vida no Egito sob o mandato do califa fatímida al-Mustansir (1035-1094).

O comércio de suco de limão foi bastante considerável em 1104. Sabemos a partir de documentos em Geniza Cairo - registros da comunidade medieval judaica no Cairo a partir do século X até o século XIII - que as garrafas de suco de limão, qatarmizat, foram feitas com muito açúcar e era consumidas localmente e exportadas.

No Ocidente, o limão tornou-se mais difundido no ano 1000, graças aos árabes que o levaram a fruta para a Sicília. A origem do nome vem do persa. Na Europa, havia o cultivo de limões-reais em Génova, em meados do século XV. Em 1494, apareceram limões em Açores, enquanto que, na América, o limão e outros cítricos foram levados pelos missionários espanhóis após a descoberta de Cristóvão Colombo.

A fruta também foi introduzida nos países do norte europeu, através de viagens marítimas, pagando-se por eles com bens valiosos ou até mesmo ouro. Os frutos comprados eram revendidos a preços muito elevados nos países do norte: o limão foi considerado um produto de luxo, sendo usado principalmente como um ornamento e um medicamento.

Posteriormente, os médicos tornaram-se conscientes de que a ingestão diária de suco de limão evitava surtos de escorbuto entre os marinheiros em longas viagens marítimas. Navios ingleses foram obrigados por lei a carregar bastante suco de limão para cada marinheiro.1

De 1940 a 1965, a produção aumentou e os Estados Unidos tornaram-se um importante fornecedor de limões. Mais de 50 por cento da safra de limão dos Estados Unidos é transformada em suco e produtos. A casca, polpa e sementes são usadas para se fazer óleos, pectina, ou outros produtos.1

O limão também tem sido é usado externamente para acne, fungos (micose e pé de atleta).1

Características

Os limoeiros são árvores pequenas (não atingem mais de 6 metros de altura),14 espinescentes, muito ramificadas, de caule e ramos castanho-claros; as folhas são alternas, oblongo-elípticas, com pontuações translúcidas; as inflorescências são de flores axilares, alvas ou violeta, em cacho. Reproduz-se por estacas de galhos, em solo arenoso e bem adubado, de preferência em regiões de clima quente ou temperado.

Propaga-se também por sementes, que requerem solo leve, fértil e bem arejado, em local ensolarado e protegido dos ventos. Frutifica durante todo o ano, em inúmeras variedades, que, embora mudem no tamanho e na textura da casca, que pode ser lisa ou enrugada, quanto à cor, variam do verde-escuro ao amarelo-claro, exceto uma das espécies, que se assemelha a uma tangerina.

Ao contrário de outras variedades cítricas, o limoeiro produz frutos de forma contínua.1

Farmacologicamente, o limão é principalmente importante pelo seu valor nutricional de vitamina C e potássio.

No Brasil, os chamados limão-galego e o limão-taiti, na verdade, não são limões, mas sim limas ácidas. O chamado limão-verdadeiro, também conhecido como siciliano, eureca ou lisboa, é a espécie mais consumida na Europa e nos Estados Unidos, possuindo o nome científico Citrus x limon; esse limão possui uma casca amarela.

As principais diferenças entre limões e limas ácidas são o tamanho e o gosto ligeiramente diferente, pois limões têm sabor um pouco mais suave. Apesar disso, todas essas espécies têm origens parecidas. Outra coisa que diferencia os limões de limas ácidas é o rendimento para fazer sucos, sendo que as limas são melhores para esse uso.

O chamado limão-cravo é uma mistura de limão e tangerina. Possui uma coloração interna alaranjada e é muito usado para temperos.6

Partes usadas

Os que têm cor amarela ou amarelo-esverdeada, são cultivados sobretudo pelo sumo, embora a polpa e a casca também se utilizem em culinária. Os limões contêm uma grande quantidade de ácido cítrico, o que lhes confere um gosto ácido.14 No suco de limão, essa acidez chega a um pH de 2 a 3, em média.

Propriedades

As suas aplicações na vida doméstica são inúmeras. Com o suco da fruta, preparam-se refrigerantes, sorvetes, molhos e aperitivos, bem como remédios, xaropes e produtos de limpeza. Da casca, retira-se uma essência aromática usada em perfumaria e no preparo de licores e sabões.

Estudos epidemiológicos associam a ingestão de frutas cítricas, com uma redução no risco de várias doenças. O limão também mostra alguma atividade antimicrobiana.

Em fitoterapia, é utilizado para diversas patologias, tais como reumático, infecções e febres, aterosclerose, combate ateromas (remove placas gordurosas das artérias), constipações, gripes, dores de garganta, acidez gástrica e úrica (alcaliniza o sangue), frieiras, caspas, cicatrizações, ajuda a manutenção de colágeno, hemoglobina, atua como anti-séptico entre outras. O limão possui uma substância própria denominada limoneno17 capaz de combater os radicais livres. É, fundamentalmente, um remédio tónico que ajuda a manter a boa saúde.